AS BORBOLETAS...

Convido você a pensar sobre questões fundamentais para o ser humano. A maioria de nós está em constante busca de viver bem, de usufruir da vida e de nos desvencilhar da solidão.

Nossa história nos formou. Somos quem somos devido aos sistemas dos quais fazemos parte.

Ao mesmo tempo que ansiamos por um amor verdadeiro, que nos traga segurança, proximidade e cuidado; também desejamos viver paixões que nos revigorem, que acordem nosso desejo, que faça nossos corpos suspirarem.

O erotismo também é uma parte essencial de nós. É a propulsão de vida, o exalar da essência humana, a descoberta de si mesmo. Ele requer distanciamento, mistério, busca o inusitado, a espontaneidade, o perigo, o inseguro...Busca o encontro e o desencontro, ao mesmo tempo.

Falariam o amor e o erotismo duas línguas distantes? Em que etapas do caminho eles podem se cruzar? Pode uma relação estável manter acesa a chama do desejo após muito tempo? Conversaremos sobre estes e outros temas...




sábado, 15 de junho de 2013

Mitos


Mitos... Estamos rodeados deles. Mesmo dentro das nossas casas, dentro dos nossos ideais e sonhos, do nosso interior.
Esta semana tenho pensado muito à respeito do Mito do amor perfeito...Que por vezes, apesar de ser um ideal "positivo", pode levar à ruína alguns relacionamentos.
Não acredito que a perfeição é positiva de todo. Mas isto é um outro assunto.
Cada um de nós, tem dentro de si percepções criadas sobre vários temas da vida.Olhamos o mundo através das nossas lentes.
Nossas percepções advêm da história, cultura, família, contexto vivido...
E por tudo isso, podemos, mesmo sem querer, construir dentro do nosso interior um ideal de casamento, de cônjuge, de relacionamento que pode não passar de um mito impossível de atingir: O Mito do Amor Perfeito.
Sendo assim, perseguindo a perfeição desse mito que está desenhado dentro de nós, podemos trazer peso e uma busca frenética por um relacionamento idealizado e impossível de existir no dia a dia imperfeito da vida.
Em alguns aspectos o relacionamento pode até se encaixar nas expectativas criadas, porém , quando o outro falha em alguma dimensão, a luta é tão grande para "consertar" o que está fora do esquadro que torna as coisas mais difíceis ainda.
Dai advém a frustração e o sentimento de derrota, por não ter conseguido levar adiante um relacionamento dentro do mito perseguido.
Ou, de alguma forma, um ou ambos se acomodam ao silêncio e não mais lutam pelo seus espaços, suas opiniões, suas próprias imperfeições dentro da relação.
Felicidade é poder demonstrar quem realmente somos, com todas as fragilidades inerentes à nossa condição humana dentro das relações que estabelecemos, vivendo e sabendo viver sem querer um enquadre perfeito almejado pelas construções que imaginamos serem ideiais do que é realmente amor e felicidade ...
É necessário abrir mão de estereótipos que enjaulam e não permitem um convite à vida real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário