AS BORBOLETAS...

Convido você a pensar sobre questões fundamentais para o ser humano. A maioria de nós está em constante busca de viver bem, de usufruir da vida e de nos desvencilhar da solidão.

Nossa história nos formou. Somos quem somos devido aos sistemas dos quais fazemos parte.

Ao mesmo tempo que ansiamos por um amor verdadeiro, que nos traga segurança, proximidade e cuidado; também desejamos viver paixões que nos revigorem, que acordem nosso desejo, que faça nossos corpos suspirarem.

O erotismo também é uma parte essencial de nós. É a propulsão de vida, o exalar da essência humana, a descoberta de si mesmo. Ele requer distanciamento, mistério, busca o inusitado, a espontaneidade, o perigo, o inseguro...Busca o encontro e o desencontro, ao mesmo tempo.

Falariam o amor e o erotismo duas línguas distantes? Em que etapas do caminho eles podem se cruzar? Pode uma relação estável manter acesa a chama do desejo após muito tempo? Conversaremos sobre estes e outros temas...




terça-feira, 2 de agosto de 2011

VIVER NÃO DÓI!

Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, 
mas das coisas que foram sonhadas 
e não se cumpriram. 

Por que sofremos tanto por amor? 

O certo seria a gente não sofrer, 
apenas agradecer por termos conhecido 
uma pessoa tão bacana, 
que gerou em nós um sentimento intenso 
e que nos fez companhia por um tempo razoável, 
um tempo feliz. 

Sofremos por quê? 

Porque automaticamente esquecemos 
o que foi desfrutado e passamos a sofrer 
pelas nossas projeções irrealizadas, 
por todas as cidades que gostaríamos 
de ter conhecido ao lado do nosso amor 
e não conhecemos, 
por todos os filhos que 
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, 
por todos os shows e livros e silêncios 
que gostaríamos de ter compartilhado, 
e não compartilhamos. 
Por todos os beijos cancelados, 
pela eternidade. 

Sofremos não porque 
nosso trabalho é desgastante e paga pouco, 
mas por todas as horas livres 
que deixamos de ter para ir ao cinema, 
para conversar com um amigo, 
para nadar, para namorar. 

Sofremos não porque nossa mãe 
é impaciente conosco, 
mas por todos os momentos em que 
poderíamos estar confidenciando a ela 
nossas mais profundas angústias 
se ela estivesse interessada 
em nos compreender. 

Sofremos não porque nosso time perdeu, 
mas pela euforia sufocada. 

Sofremos não porque envelhecemos, 
mas porque o futuro está sendo 
confiscado de nós, 
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, 
todas aquelas com as quais sonhamos e 
nunca chegamos a experimentar. 

Como aliviar a dor do que não foi vivido? 

A resposta é simples como um verso: 
Se iludindo menos e vivendo mais! 

A cada dia que vivo, 
mais me convenço de que o 
desperdício da vida 
está no amor que não damos, 
nas forças que não usamos, 
na prudência egoísta que nada arrisca, 
e que, esquivando-se do sofrimento, 
perdemos também a felicidade. 
A dor é inevitável. 
O sofrimento é opcional. 
O impossivel é o dificil que voce não tentou mais um pouco" 

(Carlos Drummond de Andrade)

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