AS BORBOLETAS...

Convido você a pensar sobre questões fundamentais para o ser humano. A maioria de nós está em constante busca de viver bem, de usufruir da vida e de nos desvencilhar da solidão.

Nossa história nos formou. Somos quem somos devido aos sistemas dos quais fazemos parte.

Ao mesmo tempo que ansiamos por um amor verdadeiro, que nos traga segurança, proximidade e cuidado; também desejamos viver paixões que nos revigorem, que acordem nosso desejo, que faça nossos corpos suspirarem.

O erotismo também é uma parte essencial de nós. É a propulsão de vida, o exalar da essência humana, a descoberta de si mesmo. Ele requer distanciamento, mistério, busca o inusitado, a espontaneidade, o perigo, o inseguro...Busca o encontro e o desencontro, ao mesmo tempo.

Falariam o amor e o erotismo duas línguas distantes? Em que etapas do caminho eles podem se cruzar? Pode uma relação estável manter acesa a chama do desejo após muito tempo? Conversaremos sobre estes e outros temas...




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Bem dentro de nós...

Sei que é. Mas para  começar a encontrar algumas respostas me fiz esta pergunta: Por que é tão difícil falar sobre sexualidade? Por que é quase impossível se falar em sexo?

Hoje está em moda se falar em sexo nos programas de auditório. Expor intimidades que ao meu ver, apontam para outras questões bem pessoais.Todavia  esses programas captaram a necessidade das pessoas de se identificar com assuntos que todos temos "as nossas dúvidas".

Os homens já não falam mesmo. A linguagem verbal para a maioria deles é complicada. Por isso, nós mulheres precisamos aprender a escutar outros tipos de linguagem dos nossos parceiros. Na verdade eles, quando falam entre amigos, não colocam o cerne da questão, na maior parte das vezes Apenas se gabam de algumas conquistas, peripécias e tentam se mostrar viris, para afirmar suas masculinidades.

A sexualidade sempre foi uma área intocada. Alguns a colocam num patamar acima de todos os outros da vida. Outros a inferiorizam e fazem de conta que essa parte da vida não existe, sublimando assim os desejos, fantasias, pensamentos até.

Dentro do tema da sexualidade, temos o sexo em si, além de outros. Penso que uma das dificuldades de se falar de sexo  se dá pela completa falta de treino. No fundo achamos que é uma área secreta e por isso não podemos nem mexer nela. Tentar melhorar? Fica só no desejo. A maioria não tem coragem de se arriscar a conversar com o parceiro em como torna-lo mais prazeroso.

A maioria também foge dos próprios desejos. Parece que tudo em relação ao sexo é um pouco "sujo", proibido e ilegal. Não nos confrontamos com eles e sequer paramos para refletir sobre eles. O medo de não saber o que encontraremos dentro das nossas conjecturas nos faz fugir do que realmente eles significam.

As sensações, as fantasias, as faltas, as necessidades...Tudo isso sinaliza uma parte de nós que se trancafiou em quatro paredes da alma.

Não sou adepta a falar tudo o que pensamos. nem para aos maridos, esposas, parceiros... existem coisas que pertencem somente ao nosso mundo. É nosso, privado. Todavia, precisamos estar atentos àquilo que faz parte da relação e que pode ser, em muito, melhorado.

A área sexual é uma área importante, muitíssima importante; todavia pode não ser o ponto principal das nossas questões mais profundas. Esta área pode mostrar sinais de que outras profundezas precisam de cuidado e atenção.

Alguns casais, mesmo se amando passam sérios problemas no relacionamento sexual E ficam atônitos, sem entender a razão. Mas nos amamos tanto! Somos tão parceiros! O que pode estar errado?  Intimidade e amor não necessariamente são indicativos certeiros para um bom sexo. Existem mais coisas por trás dessa fantástica aventura de sexo à dois.

Somos um ser completo e a nossa história nos transformou em quem somos. A nossa história está embebida nos desejos, sonhos, fantasias e pensamentos, inclusive de  cunho sexual. Por isso, a atenção à nossa própria sexualidade pode nos dar pistas certeiras daquilo que somos, dos nossos anseios, bloqueios e carências.

Para começar, precisamos dar atenção ao que sentimos. Ouvir os nossos pensamentos e dialogar com eles sem medo, sem preconceito, independente de quais são eles. Refletir a respeito de "loucuras" que nos passam, de idéias sem sentido, de desejos remotos não significa necessariamente a execução dos mesmos. Até porque alguns são impossíveis. Outros só cabem nos pensamentos e outros, podem até ser efetuados.


É importante  refletir sobre o que eles significam, que necessidades eles apontam, que frustração eles escondem, que bifurcações nos colocam... E aceitar que somos seres completos e ao mesmo tempo que há faltas.. Temos dentro de nós a chama do desejo. Do desejo de vida, de prazer, de encontros e desencontros, de descobertas e ocultações; de significados e significantes; de tantas coisas... Somos assim...

Um comentário:

  1. Vou seguir e vou ler tudo rs .. e mais vou colocar em prática ...rs bjus

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