"O que aconteceu conosco? Éramos tão apaixonados, tão leves, tão cheios de encanto?. Era tão divertido, tão gostoso estarmos juntos! Conversávamos por horas!
Essas são perguntas e constatações que ouço frequentemente em meu consultório.
O tempo vai passando, e os parceiros acreditam que cada um conhece o outro tão a fundo, que é sempre capaz de adivinhar o que este sente, pensa, diz e quer dizer.
Muitos, nem deixam o outro completar a frase e já retrucam: "Já sei o que vai dizer, não é nada disso!". O outro não tem mais sequer o direito de se colocar… Parece que não há mais o que mostrar. Já se sabe de tudo.
Que situação mais patética!
Somos seres mutantes, mutáveis. A cada dia somos transformados pelos nossos encontros, leituras, estudos, andanças, viagens, diálogos.. Tudo nos modifica, e participamos da modificação de outros seres, que como nós, também estão no mesmo processo, são humanos.
Não existe milagre para um relacionamento dar certo, nem uma receita de bolos para que funcione perfeitamente. São tentativas de erros e acertos que fazem a coisa funcionar. Mas a curiosidade, a admiração, o querer saber do outro e dar continuar a dar importância ao que o outro é , sente e diz, são partes essenciais para que o relacionamento não estacione no nível baixo.
Se o outro não tem mais espaço sequer para corrigir erros de interpretação, não cabe mais a pergunta: "O que você quer dizer com isto?",ou mesmo um espaço para retrucar e dizer: "Não era isso que eu queria dizer!", ao invés de ouvir um pedido de esclarecimento , é bombardeado com um : "Sei muito bem o que você queria dizer, eu te conheço direitinho, você não me engana!"; o que resta a esse casal?
A partir daí, segundo Lidia Rosenberg, o casal está condenado a viver sob o império do silêncio, no qual se cavam abismos de desentendimentos, incompreensões, pois cada um passa a manter um diálogo interior com suas fantasias sobre as ideias e os sentimentos do outro , e a cada ano passado, tornam-se mais distanciados do que o outro realmente pensa e sente.
Por isso, que, ao invés de um crescimento, um aprofundamento na relação; com o passar do tempo, os ex-parceiros tornam-se apenas dois estranhos que dividem o mesmo espaço e se chamam de marido e mulher.
Jackie kauffman- Psicóloga- Terapeuta de casais
Informações e dúvidas:
jacpsicologa@gmail.com
Essas são perguntas e constatações que ouço frequentemente em meu consultório.
O tempo vai passando, e os parceiros acreditam que cada um conhece o outro tão a fundo, que é sempre capaz de adivinhar o que este sente, pensa, diz e quer dizer.
Muitos, nem deixam o outro completar a frase e já retrucam: "Já sei o que vai dizer, não é nada disso!". O outro não tem mais sequer o direito de se colocar… Parece que não há mais o que mostrar. Já se sabe de tudo.
Que situação mais patética!
Somos seres mutantes, mutáveis. A cada dia somos transformados pelos nossos encontros, leituras, estudos, andanças, viagens, diálogos.. Tudo nos modifica, e participamos da modificação de outros seres, que como nós, também estão no mesmo processo, são humanos.
Não existe milagre para um relacionamento dar certo, nem uma receita de bolos para que funcione perfeitamente. São tentativas de erros e acertos que fazem a coisa funcionar. Mas a curiosidade, a admiração, o querer saber do outro e dar continuar a dar importância ao que o outro é , sente e diz, são partes essenciais para que o relacionamento não estacione no nível baixo.
Se o outro não tem mais espaço sequer para corrigir erros de interpretação, não cabe mais a pergunta: "O que você quer dizer com isto?",ou mesmo um espaço para retrucar e dizer: "Não era isso que eu queria dizer!", ao invés de ouvir um pedido de esclarecimento , é bombardeado com um : "Sei muito bem o que você queria dizer, eu te conheço direitinho, você não me engana!"; o que resta a esse casal?
A partir daí, segundo Lidia Rosenberg, o casal está condenado a viver sob o império do silêncio, no qual se cavam abismos de desentendimentos, incompreensões, pois cada um passa a manter um diálogo interior com suas fantasias sobre as ideias e os sentimentos do outro , e a cada ano passado, tornam-se mais distanciados do que o outro realmente pensa e sente.
Por isso, que, ao invés de um crescimento, um aprofundamento na relação; com o passar do tempo, os ex-parceiros tornam-se apenas dois estranhos que dividem o mesmo espaço e se chamam de marido e mulher.
Jackie kauffman- Psicóloga- Terapeuta de casais
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