AS BORBOLETAS...

Convido você a pensar sobre questões fundamentais para o ser humano. A maioria de nós está em constante busca de viver bem, de usufruir da vida e de nos desvencilhar da solidão.

Nossa história nos formou. Somos quem somos devido aos sistemas dos quais fazemos parte.

Ao mesmo tempo que ansiamos por um amor verdadeiro, que nos traga segurança, proximidade e cuidado; também desejamos viver paixões que nos revigorem, que acordem nosso desejo, que faça nossos corpos suspirarem.

O erotismo também é uma parte essencial de nós. É a propulsão de vida, o exalar da essência humana, a descoberta de si mesmo. Ele requer distanciamento, mistério, busca o inusitado, a espontaneidade, o perigo, o inseguro...Busca o encontro e o desencontro, ao mesmo tempo.

Falariam o amor e o erotismo duas línguas distantes? Em que etapas do caminho eles podem se cruzar? Pode uma relação estável manter acesa a chama do desejo após muito tempo? Conversaremos sobre estes e outros temas...




quarta-feira, 23 de julho de 2014

DOIS ESTRANHOS NO NINHO

"O que aconteceu conosco? Éramos tão apaixonados, tão leves, tão cheios de encanto?. Era tão divertido, tão gostoso estarmos juntos! Conversávamos por horas!
Essas são perguntas e constatações que ouço frequentemente em meu consultório.

O tempo vai passando, e os parceiros acreditam que cada um conhece o outro tão a fundo, que é sempre capaz de adivinhar o que este sente, pensa, diz e quer dizer.
Muitos, nem deixam o outro completar a frase e já retrucam: "Já sei o que vai dizer, não é nada disso!". O outro não tem mais sequer o direito de se colocar… Parece que não há mais o que mostrar. Já se sabe de tudo.

Que situação mais patética!
Somos seres mutantes, mutáveis. A cada dia somos transformados pelos nossos encontros, leituras, estudos, andanças, viagens, diálogos.. Tudo nos modifica, e participamos da modificação de outros seres, que como nós, também estão no mesmo processo, são humanos.

Não existe milagre para um relacionamento dar certo, nem uma receita de bolos para que funcione perfeitamente. São tentativas de erros e acertos que fazem a coisa funcionar. Mas a curiosidade, a admiração, o querer saber do outro e dar continuar a dar importância ao que o outro é , sente e diz, são partes essenciais para que o relacionamento não estacione no nível baixo.

Se o outro não tem mais espaço sequer para corrigir erros de interpretação, não cabe mais a pergunta: "O que você quer dizer com isto?",ou mesmo um espaço para retrucar e dizer: "Não era isso que eu queria dizer!", ao invés de ouvir um pedido de esclarecimento , é bombardeado com um : "Sei muito bem o que você queria dizer, eu te conheço direitinho, você não me engana!"; o que resta a esse casal?

A partir daí, segundo Lidia Rosenberg, o casal está condenado a viver sob o império do silêncio, no qual se cavam abismos de desentendimentos, incompreensões, pois cada um passa a manter um diálogo interior com suas fantasias sobre as ideias e os sentimentos do outro , e a cada ano passado, tornam-se mais distanciados do que o outro realmente pensa e sente.

Por isso, que, ao invés de um crescimento, um aprofundamento na relação; com o passar do tempo, os ex-parceiros tornam-se apenas dois estranhos que dividem o mesmo espaço e se chamam de marido e mulher.

Jackie kauffman- Psicóloga- Terapeuta de casais

Informações e dúvidas:
jacpsicologa@gmail.com

TERAPIA DE CASAL, PARA QUE?




A Terapia de Casal, é normalmente procurada em uma situação de crise, frequentemente numa iminência de separação, colocada por um dos dois. O casal procura a Terapia pois ainda existe no ar uma possibilidade de "consertar" a relação, e para estarem certos de que "tentaram tudo".
Se a proposta de Terapia é aceita pelos dois, significa que, mesmo não estando completamente à vontade para expor suas vidas a um estranho, eles concordam que existe um problema nesse relacionamento.
Na verdade, ao chegar na Terapia de Casais, ambos os cônjuges têm a expectativa de que o terapeuta confirme que o outro está sem equilíbrio e necessita de mudanças e de terapia; e como um bom companheiro(a), ele está lá para ajudar, principalmente a mudar o outro, pois é ele que precisa de mudanças significativas.
Nenhum bom terapeuta vai cair nessa armadilha, e assim, surgem outras expectativas errôneas: o terapeuta vai ser um juiz que vai apontar quem está certo ou errado; ele vai separar as brigas e dar castigo a quem merecer; vai dar uma solução , de uma vez por todas para todos os problemas do casal; vai, magicamente usar sua varinha, e converter os defeitos do outro em qualidades; ele vai transformar a relação em algo perfeito e sem problemas e o mais importante: Vai salvar o casamento!
Todas essas expectativas são irreais. Ninguém salva uma relação que não é sua. Essa é uma atribuição do casal envolvido.
A função do terapeuta, na maioria das vezes, é servir de espelho. Refletir um pouco mais organizado, os sentimentos de cada um. O terapeuta tenta simplificar as falas de um para o outro, coordena essas falas, pontua as importâncias, de modo que o parceiro consiga entender o que o outro está tentando dizer e não consegue. Este terapeuta vai servir de instrumento para que ambos falem e se escutem; e percebam que a maior maravilha do relacionamento é poder ser livre para se colocar com respeito, consideração e aprender a melhor fórmula da felicidade, se é que ela existe: a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, para simplesmente entender as razões que levam esse outro a agir como age. Para ser empático não é preciso concordar com o outro. O importante é tentar entender os processos que levam o outro a tomar certas atitudes.
O rumo do relacionamento vai se delimitando à medida que esse processo empático acontece.
O final do processo, quando o casal não desiste, é sempre surpreendente. Podendo fortalecer por demais a relação, de modo que ambos continuem caminhando no aprendizado de viver de forma harmônica, de forma feliz um ao lado do outro, se perdoando, procurando o melhor do outro; ou mesmo se conscientizando de que é necessária uma ruptura, uma separação, porém baseada numa avaliação verdadeira, corajosa e respeitosa de tudo o que viveram, o que se tornaram e o que pretendem no futuro como pessoas; para que assim, a separação tenha mais chance de dar certo que o próprio casamento.
O compromisso do terapeuta é com as pessoas envolvidas no processo terapêutico, não com o vínculo entre elas. Ele vai caminhar, juntamente com o casal por temas complicados e perigosos, entendendo as possíveis idealizações, anseios, e tantas outras coisas mais, para que ambos possam viver de forma mais leve.

Informações e dúvidas:
jacpsicologa@gmail.com

WORKSHOP: RELACIONAMENTOS DURÁVEIS

WORKSHOP: 
Relacionamentos Duráveis
Da Série: Mitos e Verdades sobre Sexualidade X Relacionamento

Com o passar do tempo , o que mudou?
Na vida de todos os casais há encontros e desencontros inevitáveis. O que eles causam?
É possível retomar o caminho ou será preciso construir novas pontes?
A intimidade e o desejo caminham por caminhos antagônicos, ou será possível faze-las trilhar um só caminho?
Muitos se perguntam se devem aceitar que a vida a dois é mesmo “sem sal e sem emoção” ou será possível tomar atitudes que revitalizem as relações de longo prazo?
O desejo pode sobreviver?
O que acontece em um casamento para que os encontros do casal se tornem cada vez mais ralos e raros? Os contos de fadas terminam quando a vida começa: não ensinam a mágica que faz os heróis “felizes para sempre”. É possível revitalizar as relações?O que fazer?

OBJETIVO:
O Objetivo dos Encontros é trazer os primeiros questionamentos e proporcionar novos olhares sobre a Sexualidade, Erotismo e Desejo sexual, focando relacionamentos de longa duração.
Os encontros serão teórico-vivencial,
Discutiremos e vivenciaremos encontros com nosso próprio eu, em busca de respostas à algumas indagações: O que nos tornamos? Não somos os mesmos: Mudanças e Reconstruções.

PÚBLICO ALVO:
Os Grupos serão formados de poucas pessoas, para um melhor aproveitamento do tema. Havendo necessidade, abriremos outros horários e datas.
-Casais, terapeutas, estudantes de psicologia, homens e mulheres interessados no tema. O grupo abordará o tema com reflexões vivenciais, estudos de caso, reflexões de grupo; não havendo a necessidade de exposição pessoal.

GRUPO I -4 Encontros às Segundas, das 18.30 às 20.30h (Dias 4, 11, 18 e 25 de Agosto/2014
GRUPO II- 4 Encontros às Sextas, das 9.00h às 11.00h (Dias 8,15, 22 e 29 de Agosto/2014)

INVESTIMENTO:
250,00 OU 2 X 140,00 (MEDIANTE PAGAMENTO EM CHEQUE)

CONTATOS E INFORMAÇÕES:
Jackie Kauffman- Psicóloga, Terapeuta de Casais e Família, Sexóloga, Psicodramatista, Especialista em Abordagem Sistêmica da Família. CRP-06/932

e-mail: jacpsicologa@gmail.com

facebook: https://www.facebook.com/pages/Relacionamento-e-Sexualidade/199483373443681?ref_type=bookmark

Telefone: 48-96265401

O DESEJO É LIVRE

Muitas vezes esperamos que nossos relacionamentos nos protejam das amarguras, das angustias da vida. Mas o amor é intrinsecamente instável. Então nós o reforçamos: estreitamos os limites, fechamos as aberturas e criamos previsibilidade total, tudo para se sentir mais seguro.
Porém os mecanismos que montamos para tornar o destino mais seguro, muitas vezes nos colocam mais em risco. O que é conhecido nos dá uma base, que talvez nos proporcione "paz doméstica", mas no processo, orquestramos o tédio. A leveza do relacionamento sucumbe sob o peso daquele controle todo.
Paralisados, os casais ficam se perguntando sobre o que aconteceu com o divertimento, com a excitação, o assombro.
O desejo é alimentado pelo desconhecido e, por isso gera ansiedade. Nossa disposição de aceitar esse mistério mantém o desejo vivo.
Podemos tentar reduzir o outro a uma entidade conhecida ou podemos assumir seu mistério persistente.
Quando resistimos ao impulso de controlar, quando nos mantemos abertos, preservamos a possibilidade da descoberta.
O erotismo está no espaço ambíguo entre a ansiedade e a fascinação. Continuamos interessados no parceiro, ele nos diverte e somos atraídos para ele. Para muitos, renunciar `ilusão de segurança e aceitar a realidade de nossa insegurança fundamental é um passo difícil.