"Somos contradições ambulantes, buscando segurança e previsibilidade por um lado e gostando de diversidade por outro". (Esther Perel)
AS BORBOLETAS...
Convido você a pensar sobre questões fundamentais para o ser humano. A maioria de nós está em constante busca de viver bem, de usufruir da vida e de nos desvencilhar da solidão.
Nossa história nos formou. Somos quem somos devido aos sistemas dos quais fazemos parte.
Ao mesmo tempo que ansiamos por um amor verdadeiro, que nos traga segurança, proximidade e cuidado; também desejamos viver paixões que nos revigorem, que acordem nosso desejo, que faça nossos corpos suspirarem.
O erotismo também é uma parte essencial de nós. É a propulsão de vida, o exalar da essência humana, a descoberta de si mesmo. Ele requer distanciamento, mistério, busca o inusitado, a espontaneidade, o perigo, o inseguro...Busca o encontro e o desencontro, ao mesmo tempo.
Falariam o amor e o erotismo duas línguas distantes? Em que etapas do caminho eles podem se cruzar? Pode uma relação estável manter acesa a chama do desejo após muito tempo? Conversaremos sobre estes e outros temas...
quarta-feira, 27 de junho de 2012
O tempo passa... E quanto mais ele passa , mais corremos, mais sentimos que é urgente. Algo precisa ser feito. Sonhos precisam ser realizados .Metas alcançadas. Frustrações dissipadas. Medos enfrentados .
Não me conformo .Me inquieto .Me angustio. E me movo.
Mover-se é não se deixar aprisionar. Não se deixar paralizar pelas limitações ou pelas escolhas adiadas ou mal feitas. É encarar os desafios do novo, do não sabido. E viver emoções desconhecidas ,descobrindo que ainda é possível. É acordar e se lançar numa imensidão assustadora e encontrar o seu lugar no tempo.
Somos inteiros, e como inteiros não existe essa historinha de encontrar nossa metade, que nos completará.
Somos integrais e a procura pelo outro, é uma procura por um outro inteiro. Sim, dois inteiros numa relação complementar. Unindo as forças e as fragilidades, as potencialidades e as desigualdades para, assim, se tornarem mais fortes e mais felizes.
De outra forma a relação conjugal se torna trôpega, sem força, sem mistérios de seres completos que mudam, que interagem, que crescem e se modificam através, inclusive do contato com esse outro também totalmente completo.
Assim é possível. Assim eu acredito.
domingo, 3 de junho de 2012
Tristeza
Tristeza é algo que nos invade
Com ou sem motivo
Às vezes com a intensidade de um maremoto,
Às vezes suave como um sopro ligeiro.
Vem pra nos mostrar
Que a vida nos deixou marcas
Umas que deixamos pra trás
Outras que ainda brilham no escuro.
Não preciso me esconder
De todo o meu interior
E camuflar dentro de mim
O que me causa dor
Não preciso exorcizar
Cada vez que ela vier
Eu preciso ser
Sentir e viver
E mesmo assim saber
Que isto vai passar
E amanhã será um novo dia
Cheio de coisas novas
De alegrias tamanhas
De gratidões supremas
De amor imensurável
E de tristezas
Algumas mesmas
Algumas outras
Que passarão a ser sombras
Quando o futuro chegar
Grandes escolhas
A cada dia temos que fazer escolhas, desde as mais simples às mais complexas. A roupa que vamos vestir para ir trabalhar, o perfume que combina mais conosco e com os recursos no momento da escolha... Tanta coisa: o caminho a tomar para determinado lugar, a marca do shampoo, a comida, os locais de compras, a decisão sobre permitir ou não que seu filho vá àquela festa, o sim e o não, isto ou aquilo...
Fora as mais complexas, como a escolha da profissão, do cônjuge, da cidade que vai morar, da casa que vai comprar, do terreno, dos amigos (escolher em quem confiar é uma tarefa árdua!), escolher perdoar ou não, qual a melhor atitude tomar?Milhares de milhares de escolhas se apresentam diante de nós e não nos dão o direito de não escolher, pois até uma não escolha é uma escolha.
As bifurcações em "Y" que encontramos pela vida, fazem de nós responsáveis pelas possíveis repercusssões em qualquer dos caminhos que resolvermos trilhar.
Quantas vezes eu já quis ter uma bola de cristal, "do bem", para simplesmente saber tomar a decisão certa. Todavia, essa bendita bola não existe. O que existe e está diante de nós, é um mundo de possibilidades que, todos os dias temos a chance de escolher.
Que sejamos mais sábios para escolher e avaliar as consequências dos nossos atos.
Que também avaliemos as nossas prioridades, para que quando os anos dourados forem esmorecendo, possamos olhar para trás e com um sorriso largo, percebermos que escolhemos o que realmente tinha valor na maioria das vezes, e não fomos, tomados pelo ímpeto da juventude, medíocres para deixar de lado, o que realmente tem valor na vida.
Existem coisas importantes e coisas essenciais. Essas últimas são imprescindíveis.
A família faz parte desse lado essêncial. As amizades também se encaixam desse lado. O celebrar as pequenas coisas também, o apreciar o belo, o curtir o o sol, o tomar banho de mar num dia quente de verão com as pessoas que você ama, o deleitar-se na leitura de um belo livro sob os cobertores no inverno , o ouvir as longas estórias contadas pelos seus filhos pequenos, o ouvir as inúmeras piadas que aquele alguém especial lhe contou.
Essencial também podem ser as frases rudes que ficaram aprisionadas na garganta por tanto respeito que você teve a quem lhe ofendeu; a compreensão; a viagem de férias a tanto tempo esperada; o telefonema que tomou horas do seu tempo ,daquela pessoa tão especial, que precisou de você naquele dia tão atarefado.
Que procuremos as coisas essencialmente importantes , e que elas possam estar no início da nossa lista. Sendo assim, com certeza, jamais nos arrependeremos.
Enquanto não conseguimos(nem sempre conseguimos), que continuemos tentando.
Grande abraço
Fora as mais complexas, como a escolha da profissão, do cônjuge, da cidade que vai morar, da casa que vai comprar, do terreno, dos amigos (escolher em quem confiar é uma tarefa árdua!), escolher perdoar ou não, qual a melhor atitude tomar?Milhares de milhares de escolhas se apresentam diante de nós e não nos dão o direito de não escolher, pois até uma não escolha é uma escolha.
As bifurcações em "Y" que encontramos pela vida, fazem de nós responsáveis pelas possíveis repercusssões em qualquer dos caminhos que resolvermos trilhar.
Quantas vezes eu já quis ter uma bola de cristal, "do bem", para simplesmente saber tomar a decisão certa. Todavia, essa bendita bola não existe. O que existe e está diante de nós, é um mundo de possibilidades que, todos os dias temos a chance de escolher.
Que sejamos mais sábios para escolher e avaliar as consequências dos nossos atos.
Que também avaliemos as nossas prioridades, para que quando os anos dourados forem esmorecendo, possamos olhar para trás e com um sorriso largo, percebermos que escolhemos o que realmente tinha valor na maioria das vezes, e não fomos, tomados pelo ímpeto da juventude, medíocres para deixar de lado, o que realmente tem valor na vida.
Existem coisas importantes e coisas essenciais. Essas últimas são imprescindíveis.
A família faz parte desse lado essêncial. As amizades também se encaixam desse lado. O celebrar as pequenas coisas também, o apreciar o belo, o curtir o o sol, o tomar banho de mar num dia quente de verão com as pessoas que você ama, o deleitar-se na leitura de um belo livro sob os cobertores no inverno , o ouvir as longas estórias contadas pelos seus filhos pequenos, o ouvir as inúmeras piadas que aquele alguém especial lhe contou.
Essencial também podem ser as frases rudes que ficaram aprisionadas na garganta por tanto respeito que você teve a quem lhe ofendeu; a compreensão; a viagem de férias a tanto tempo esperada; o telefonema que tomou horas do seu tempo ,daquela pessoa tão especial, que precisou de você naquele dia tão atarefado.
Que procuremos as coisas essencialmente importantes , e que elas possam estar no início da nossa lista. Sendo assim, com certeza, jamais nos arrependeremos.
Enquanto não conseguimos(nem sempre conseguimos), que continuemos tentando.
Grande abraço
Ansiedade
Um aperto no peito. A sensação de susto ao acordar. O medo de encarar o dia com tudo o que ele significa. A impaciencia por atitudes simples e corriqueiras. As respostas curtas. A falta de humor. O medo.
Medo da noite, do encontro consigo mesmo. Medo de não conseguir, de não caber tudo num mesmo dia, numa mesma fase. Medo do diferente, medo do desafio. Medo, medo, medo...
Vontade de se erguer, de levantar e reagir. Mas para onde? Em que direção? São tantas as estradas, são tantos os caminhos.
O olhar as oportunidades perdidas por desatenção, desinformação, falta de....Provoca ainda mais ansiedade. O desejo de chegar onde não se sabe também apavora.
O corpo tenso, a mente inquieta, o coração descompassado, a visão turva, a expectativa caída, numa rua qualquer, a espera de resgate.
Medo da noite, do encontro consigo mesmo. Medo de não conseguir, de não caber tudo num mesmo dia, numa mesma fase. Medo do diferente, medo do desafio. Medo, medo, medo...
Vontade de se erguer, de levantar e reagir. Mas para onde? Em que direção? São tantas as estradas, são tantos os caminhos.
O olhar as oportunidades perdidas por desatenção, desinformação, falta de....Provoca ainda mais ansiedade. O desejo de chegar onde não se sabe também apavora.
O corpo tenso, a mente inquieta, o coração descompassado, a visão turva, a expectativa caída, numa rua qualquer, a espera de resgate.
Mutantes é o que somos!
Somo seres mutantes, no sentido literal da palavra. Nossa pele descama, nossa alma troca a textura, nossos pensamentos precisam ser reavivados, nossas perspectivas carecem de novas visões.
Nossos olhos precisa de óculos novos. A visão de outrora, embora vívida e colorida já não nos serve mais. Os óculos dependem do estilo pessoal de cada um, que também está em transformação.
Dizem que as mudanças infantis acontecem a passos gigantes, e isto é verdade. Mas pouca gente fala dos galopes das mudanças da maturidade.
Estas também acontecem de forma surpreendente, quando nos abrimos para o mundo e para as novas descobertas.
A visibilidade da mutação acontece, nesta fase, de forma diferente da infância e adolescência. A restauração não se mostra na forma externa. Não nos mostramos esteticamente mais garbosos, mais musculosos, mais altos, mais bonitos, mais atraentes.
Internamente somos capazes de ultrapassar qualquer adolescente no ápice da sua completude física. Nos sentimos mais reflexivos, mais completos, mais inteligentes até. Mais inteligentes , por descobrirmos o que faríamos se as antigas oportunidades nos brindassem com a suas presenças. Seria muito diferente!
O que importa hoje é o que temos nas mãos. E que possamos, por nos tornarmos mais profundos, ainda usufruir das mudanças e continuarmos a transformar o nosso caminho, seguindo com a intensidade do momento, mas não deixando-nos entregar a apenas sonhos do que poderíamos ser.
Sempre há o que sonhar. Somos mutantes. E sempre o seremos. Esta verdade é a chave para as novas mudanças.
Nossos olhos precisa de óculos novos. A visão de outrora, embora vívida e colorida já não nos serve mais. Os óculos dependem do estilo pessoal de cada um, que também está em transformação.
Dizem que as mudanças infantis acontecem a passos gigantes, e isto é verdade. Mas pouca gente fala dos galopes das mudanças da maturidade.
Estas também acontecem de forma surpreendente, quando nos abrimos para o mundo e para as novas descobertas.
A visibilidade da mutação acontece, nesta fase, de forma diferente da infância e adolescência. A restauração não se mostra na forma externa. Não nos mostramos esteticamente mais garbosos, mais musculosos, mais altos, mais bonitos, mais atraentes.
Internamente somos capazes de ultrapassar qualquer adolescente no ápice da sua completude física. Nos sentimos mais reflexivos, mais completos, mais inteligentes até. Mais inteligentes , por descobrirmos o que faríamos se as antigas oportunidades nos brindassem com a suas presenças. Seria muito diferente!
O que importa hoje é o que temos nas mãos. E que possamos, por nos tornarmos mais profundos, ainda usufruir das mudanças e continuarmos a transformar o nosso caminho, seguindo com a intensidade do momento, mas não deixando-nos entregar a apenas sonhos do que poderíamos ser.
Sempre há o que sonhar. Somos mutantes. E sempre o seremos. Esta verdade é a chave para as novas mudanças.
Reinvenção...
"Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada."Cecília Meireles
Que a reinventemos!!!!! Ainda há muito a viver, a desfrutar, a caminhar. Mesmo em meio a severas dificuldades.
A acomodação é um destino certeiro, se nós, humanos teimosos, não percebermos que é preciso criar e recriar....Criar histórias, recriar momentos. Não deixar que a velha e boa paralisia vivencial nos deixe sentados a espera de nada, olhando para lugar nenhum...
O que existe dentro de nós, o que foi soprado no nosso interior é muito raro e por demais especial para que nos acomodemos a uma vida sem intensidade.
O passado é importante e nos deu de presente uma história. História esta que, independente da sua escrita, é a nossa raiz, é o que nos liga ao mundo, é a base de tudo o que queremos construir.
Uma base que também deve ser vista dentro de várias percepções, e que precisa se revista nas suas emoções, nas suas marcas.
Os padrões não precisam ser repetidos, prinipalmente quando trouxeram dor. Eles devem sim, servir de base para novas histórias, histórias reinventadas. Estas sim, valem à pena. E quem sabe, a partir delas, a liberdade, o entusiasmo e a espontaneidade sejam os pontos mais fortes e se desdobrem em espetáculos de vida!
"O importante não é o que fizeram com você, mas o que você faz com o que fizeram com você!" Jean Paul Sartre
Adoecemos
Adoecemos quando não vemos saída
Quando a dor nos imobiliza
A ponto de não mais termos esperança
De não mais enxergarmos opções de enfrentamento
Outras formas, outras percepções.
Adoecemos quando a dor se mantem fechada
E não gritamos que está doendo
Não nos mexemos, não esperneamos
Não temos coragem de assumir
De pedir ajuda, de seguir em frente
Adoecemos quando o que herdamos nos aprisiona
De tal forma que não podemos pensar diferente
Não podemos agir de outro modo
Quando a gaiola se torna tão invisível
Que nem mais sentimos falta da liberdade.
A vida nos mostra que há outros caminhos a trilhar
E que a gaiola é pequena demais pra tudo o que somos
Para tudo o que ainda seremos.
Simplesmente não cabemos dentro dela.
Quando a dor nos imobiliza
A ponto de não mais termos esperança
De não mais enxergarmos opções de enfrentamento
Outras formas, outras percepções.
Adoecemos quando a dor se mantem fechada
E não gritamos que está doendo
Não nos mexemos, não esperneamos
Não temos coragem de assumir
De pedir ajuda, de seguir em frente
Adoecemos quando o que herdamos nos aprisiona
De tal forma que não podemos pensar diferente
Não podemos agir de outro modo
Quando a gaiola se torna tão invisível
Que nem mais sentimos falta da liberdade.
A vida nos mostra que há outros caminhos a trilhar
E que a gaiola é pequena demais pra tudo o que somos
Para tudo o que ainda seremos.
Simplesmente não cabemos dentro dela.
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